domingo, 24 de janeiro de 2010
Crítica: O Símbolo Perdido
Robert Langdon volta para mais uma aventura. Para alegria dos fãs e desespero dos críticos.
04/10/2009
Ederli Fortunato
Dan Brown sabe exatamente o que seus leitores desejam depois de seis anos aguardando por um novo livro: mais uma aventura repleta de correria, vidas em risco e, o mais importante, segredos que misturam figuras históricas do passado e presente em perigo. E é exatamente isso o que é O Símbolo Perdido: mais do mesmo.
O novo livro traz de volta o personagem mais famoso de Brown, o especialista em símbolos Robert Langdon, estrela de seu maior sucesso, O Código Da Vinci, e de Anjos e Demônios. As outras ferramentas do autor também estão todas de volta e ao alcance da mão, um crime, uma mulher envolvida emocionalmente com a vítima e parceira de Langdon, um segredo guardado por um grupo poderoso, um vilão exótico e visualmente marcante, e um enredo bomba-relógio obrigado a ser fechado poucas horas após a primeira página.
Também estão de volta as pistas ocultas por artistas famosos em monumentos conhecidos, desta vez, em Washington. Logo no início Brown reconhece que os monumentos deste lado do Atlântico não oferecem a mesma carga histórica de seus companheiros artísticos da Europa e Langdon explica aos seus alunos que a capital estadunidense tem mistérios tão interessantes quanto o velho continente. Muito bem, fomos avisados, vamos em frente.
Apesar de suas aventuras anteriores, Langdon entra na correria de O Símbolo Perdido com uma dose cavalar de inocência. Seu envolvimento, mais uma vez não planejado e muito menos desejado, começa quando ele atende ao pedido de um amigo para substituir um conferencista em um evento em Washington em um domingo. Tudo acertado por um secretário particular que ele nunca viu, mas, em quem acredita piamente. Horas depois, um local famoso e repleto de turistas é transformado em cena de crime, com Langdon como o maior capacitado a decifrar os códigos deixados pelo criminoso. E como estamos em Washington, o choque de Langdon com as autoridades inclui um mal entendido com a direção da CIA que deve dar um bom trabalho à tradução. O restante da história segue o plano, com duas surpresas, uma facilmente descoberta capítulos antes da revelação oficial, e a outra suficiente para acelerar a leitura para saber como o escritor vai sair da encruzilhada em que se meteu com seu personagem principal.
Cerca de doze horas depois de iniciada, metade do tempo de O Código Da Vinci, a história é fechada.
Brown desfilou mais uma vez seus personagens carregados de informações e deu um belo empurrão no turismo de Washington, já aquecido pela posse do novo presidente. O livro também traz a declaração de que os rituais, grupos e ciências descritas são reais, alimentando a cadeia de trabalhos que analisarão que uma parte é exagero, a outra inexata.
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